As linhas orientadoras para a sustentabilidade até 2030 nasceram há cerca de seis anos pelas mãos da Organização das Nações Unidas. Desde então, o tecido empresarial e o setor público têm utilizado os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) para guiarem as suas operações. Contudo, os últimos tempos colocaram barreiras no caminho que estava a ser trilhado. A pandemia fez-nos regredir e os seus efeitos nefastos desfocaram-nos dos objetivos. É, portanto, tempo de refletirmos, percebermos o que podemos fazer neste novo normal para atenuar as dores do Planeta, apoiarmos quem continua a precisar de nós e encontrarmos soluções.
Deste lado, de quem constrói tecnologia há mais de 30 anos, acreditamos que o software tem um potencial tremendo de criar sociedades mais justas e de progredirmos em direção a um planeta mais limpo. Mas sem o engenho, boa vontade e compreensão dos problemas por parte das pessoas, a tecnologia torna-se insignificante. O problema não está, assim, na falta de tecnologia, mas na forma como a utilizamos.
Ainda assim, as competências tecnológicas aliadas a uma infraestrutura apta têm o potencial de criar empregos qualificados, de munir os indivíduos dos instrumentos que criam empregos e de contribuírem para a qualidade de vida dos seus pares. A prosperidade económica e social é impulsionada pela boa utilização e criação de tecnologia.
Como tudo o que tem um potencial tremendo para o Bem, também a tecnologia pode ser utilizada para o Mal, tal como os últimos meses nos têm mostrado um pouco por todo o Mundo. A Paz é um tema incontornável quando falamos dos ODS e é importante discutirmos os mecanismos que nos ajudem a atingir um patamar de estabilidade em zonas onde o valor da vida Humana parece ser menosprezado pelas forças beligerantes.
Por fim, é também fundamental refletirmos sobre o dano – muitas vezes desnecessário – que temos causado à nossa casa, o Planeta Terra. Olhemos para a tecnologia como um facilitador dos objetivos. Utilizemos a inteligência artificial e restantes ferramentas altamente complexas em prol de uma Casa que dê tantos frutos às nossas crianças quanto deu a nós.