Quidgest dá cartas na área da saúde com o projeto TERI – Telemonitorização de Doentes de Risco

Foi ontem, 30 de março, oficialmente apresentado, pelo Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira (CHUCB), o projeto TERI – Telemonitorização de Doentes de Risco em Tempo Real, desenvolvido tecnologicamente pela Quidgest (plataforma) em parceria com a Dynasys (equipamentos).

Esta solução tem como objetivo detetar precocemente sinais de agravamento do estado de saúde dos doentes, nomeadamente de doentes em risco, por norma a adequar atempadamente a prestação de cuidados. Como resultado, o TERI ajuda a reduzir os episódios de paragem cardiorrespiratória intra-hospitalar, as complicações por atraso nas intervenções terapêuticas, a mortalidade intra-hospitalar e os incidentes, aumentando a segurança dos doentes.

Pensado ainda no final de 2019 e cofinanciado pelo Fundo Social Europeu (FSE), do Sistema de Apoios à Modernização Administrativa (SAMA), o TERI foi criado para responder a necessidades específicas do CHUCB, já que “não existia em Portugal uma solução que já estivesse implementada em Hospitais do SNS”, referiu Pedro Figueiredo, Project Office Coordinator do CHUCB.

O TERI é uma solução que responde a vários desafios, como a recolha de dados em simultâneo, a telemonitorização em vários lugares e em tempo real (com alarmes e avisos customizáveis), sendo ainda uma solução central de gestão totalmente integrada e caraterizada pela sua rapidez, robustez, consistência, alta disponibilidade, escalabilidade e flexibilidade”, referiu Carlos Nogueira, Head of Health, Sports & Science na Quidgest.

Desenvolvido em plena pandemia, e tendo superado este desafio global com sucesso, este é um projeto extremamente inovador, muito à frente daquilo que é até o panorama internacional nestas questões, explicou o Professor Miguel Castelo-Branco Craveiro de Sousa, Coordenador de Serviço de Medicina Intensiva no CHUCB.

Com este projeto, quisemos dotar o hospital de mais sistemas de monitorização, capacitar mais espaços, além daqueles onde já existe monitorização (cuidados intensivos e intermédios ou urgência), aumentar ainda mais a capacidade de monitorização da urgência e das enfermarias.” Neste contexto, o TERI funciona como um sistema de backup que garante “uma central de monitorização, ligada ao serviço, que vai continuadamente olhar para os resultados e ativar sistemas de apoio quando forem necessários”, dando um suporte importantíssimo às equipas que, humanamente, não conseguem acompanhar tudo e em permanência.

O enfermeiro Jorge Dias destacou alguns importantes benefícios do TERI, lembrando que “para a telemonitorização acontecer basta haver um monitor de parâmetros vitais com capacidade para enviar o sinal para o TERI de forma contínua e sem fios. A visualização dos parâmetros vitais pode ser feita em qualquer computador, em qualquer ponto do hospital, e por qualquer profissional de saúde com acesso a um link e um browser. A partir daí, é possível perceber o que está a acontecer naquele momento, e em tempo real, com os doentes que estão ao seu cuidado.

O software de gestão da monitorização recebe inputs tanto dos monitores (que estão a monitorizar os doentes) como de parâmetros laboratoriais e, com essa informação, cria gráficos de tendências perfeitamente personalizáveis para cada doente, que permitem ter, em tempo real, a trajetória clínica do doente, e assim poder atuar em tempo útil em qualquer situação de desvio da trajetória.

O TERI permite detetar mais precocemente doentes em risco, monitorizar e acompanhar a trajetória de risco desses doentes de forma efetiva, admitir mais precocemente os doentes nas áreas de medicina intensiva e, ao mesmo tempo, conseguir um menor tempo de internamento hospitalar. Isto resulta em menores custos em saúde, aumento da sobrevida com mais qualidade de vida e um forte investimento tanto na segurança como na prevenção de incidentes críticos”, concluiu ainda Jorge Dias.

O futuro do TERI

O professor Miguel Castelo-Branco avançou alguns dos próximos passos do projeto, que passam por: “Fazer alguma validação e produção de evidência científica que venha sustentar as várias decisões que fomos tomando ao longo dos tempos, incluindo a identificação de alterações que possam ser detetadas, seja na monitorização de parâmetros fisiológicos, seja na monitorização de dados laboratoriais ou de outros, que vamos integrar nesta solução como antecipatórios, isto é como possíveis de integrar em algoritmos de predição.

A este propósito, Nuno Garcia, Professor na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, sublinhou: “Fazer previsões usando algoritmia é algo normalmente feito através de Inteligência Artificial. Para isso, precisamos de um volume de dados significativo, dados esses que têm de ser reais – e aquilo que o TERI vai permitir é a captura e registo desses dados reais, armazená-los no centro de dados local do hospital e, a seguir, a academia e os investigadores (internos do CHUCB e de instituições de ensino superior) podem usar esses dados para trabalhar os seus algoritmos e fazer coisas novas.

Estas novidades podem traduzir-se em artigos científicos, desenvolvimento de novos protótipos e dispositivos médicos inovadores que podem ser integrados no TERI, entre outras possibilidades e sinergias com a comunidade académica e empresarial, que possam contribuir para melhoria da prática clínica e o desenvolvimento do setor da saúde em Portugal e no mundo.

Quer saber mais sobre o funcionamento e os benefícios do TERI?
Aceda à gravação integral da sessão de apresentação do projeto.

SOBRE

A Quidgest é uma empresa tecnológica global, com sede em Lisboa, e pioneira na modelação e geração inteligente de software. Através da plataforma exclusiva de IA generativa Genio desenvolve sistemas complexos, urgentes e específicos, prontos a evoluir continuamente, flexíveis e escaláveis, para várias tecnologias e plataformas. Parceiros e grandes organizações, como governos, empresas multinacionais e instituições multilaterais globais usam as soluções da Quidgest para alcançar as suas estratégias digitais.

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