Quero continuar a acreditar que ainda é possível, mas ao ritmo a que estamos a ir, se continuarmos assim, não chegaremos lá. Precisamos da colaboração de todos, porque a responsabilidade é de todos.
Desde 2015 com o lançamento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e o Protocolo de Paris, a ameaça das alterações climáticas, crise da biodiversidade e desigualdades e direitos humanos, estão cada vez mais internalizadas na consciência colectiva. A sustentabilidade tem cada vez mais de estar no centro dos negócios e existe uma responsabilidade acrescida para que as empresas sejam sustentáveis, seja por motivos de compliance, ou simplesmente porque existe cada vez uma pressão maior por parte dos seus stakeholders internos (acionistas, colaboradores) e externos (clientes, consumidores), para que estas assumam o compromisso de contribuir para o bem comum. Além disso, existe uma pressão cada vez maior no sector financeiro para investir em empresas que integrem critérios ESG (ambientais, sociais e de governance).
Na minha opinião, trabalhando todos os dias na APlanet com várias empresas em diversas geografias, noto que por um lado a pandemia veio de alguma maneira servir de “wake up call” para que as empresas comecem a olhar para dentro e reconhecer a crescente importância dos temas da sustentabilidade. Por outro lado, é indubitável que a crise financeira provocada pela crise sanitária veio acentuar ainda mais as desigualdades sociais e a pobreza, entre outros problemas. Neste sentido, e agora mais que nunca, a colaboração de todos é urgente para atingirmos as metas da Agenda 2030.