Qual o conselho profissional mais valioso que pode dar?
Neste Dia Internacional da Mulher, desafiámos várias clientes e parceiras da Quidgest a responderem à seguinte questão: “Qual o conselho profissional mais valioso que pode dar?”.Os testemunhos que se seguem dão-nos a conhecer diferentes experiências, aprendizagens e perspetivas únicas de quem conseguiu destacar-se e vencer em ambientes de trabalho desafiadores. Através de trabalho, coragem e muita determinação.
Uma forma de combater a “invisibilidade” é confiar na sua competência, baseada em sólidos conhecimentos, preparar-se para debater os temas e não recear expor as suas ideias.
Esforço, dedicação, multi-tasking, equilíbrio e perseverança são palavras-chave na Mulher atual – a “Super Mulher” que concilia diariamente, o trabalho doméstico, a educação dos filhos e as exigências da vida profissional.
Depois de séculos de subordinação às tarefas determinadas por sociedades patriarcais, a Mulher finalmente já não tem pudor em assumir que também ela tem sonhos e aspirações, e a que a sua realização não se limita, ainda que também não exclua, à harmonia do lar, à maternidade ou à estabilidade amorosa.
Somos cada vez mais ativas e relevantes na sociedade, na economia e na política, mas fazemo-lo combinando vários papeis: donas de casa, mães, profissionais. Somos todas essas ou só algumas, porque acima de tudo conquistámos a liberdade de escolha e a autonomia que nos permite hoje optar por um ou mais papéis na sociedade.
Hoje podemos ambicionar ser a melhor versão de nós próprias e esse é o melhor exemplo que podemos passar para as gerações futuras.
Parabéns a todas nós por este nosso papel multifacetado e que tenhamos sempre força para levar avante os nossos sonhos e objetivos!
A nossa identidade é a nossa maior fraqueza e a nossa maior força. É essa autenticidade que enriquece o diálogo, traz novas abordagens e facilita perspetivas diferenciadoras, rumo à sociedade justa e fraterna que todos almejamos.
Nunca desistir, mesmo que nos pareça injusto como avaliam o nosso trabalho e acreditar muito em nós próprias, claro que o caminho é sinuoso e necessitamos muito do apoio da família, só assim é possível, e sim conseguimos ser esposas, mães e filhas e termos êxito profissional.
acredito que a aposta na aprendizagem e na adaptação contínua é um elemento decisivo, não apenas para o desenvolvimento profissional, mas igualmente para o crescimento pessoal, conduzindo a um melhor desempenho a todos os níveis, permitindo uma abordagem sólida, construtiva e positiva ao enfrentar desafios de origens várias.
O melhor conselho é o da empatia – para dar liberdade ao erro, ao equilíbrio e às questões mais absurdas que, em conjunto com a sua forma de estar e agir, nos inspira.
Perdem-se oportunidades por insegurança e impostor syndrome. A terceira oportunidade já não é sorte, mas sim competência. Acredita e abraça novos desafios.
A diferenciação positiva das mulheres deve decorrer, não do facto de serem mulheres, mas do empenho, rigor e desafio constante com que devem encarar o exercício das suas funções.
Quando falo do meu percurso profissional costumo dizer “tive a sorte de fazer aquilo de que gosto”.
As opções profissionais que tive após conclusão da licenciatura, ao contrário do que infelizmente vem acontecendo, eram várias e algumas delas respeitavam a carreiras mais aliciantes, nomeadamente a nível remuneratório, com vencimentos bem mais elevados do que aqueles que a Administração Pública oferece aos seus quadros dirigentes, onde desempenho funções há já muitos anos.
A escolha então feita foi condicionada pela vida pessoal e pela família que se começava a construir e também pela condição de ser mulher. E foi possível essa conciliação apesar do percurso feito não ter sido isento de cedências.
Enquanto dirigente na área de recursos humanos e tendo a responsabilidades de zelar pela igualdade de oportunidades entre homens e mulheres, em resultado da minha experiência, posso dizer que esse papel se encontra facilitado na Administração Pública, ao contrário do que acontecerá no setor privado onde persistem desigualdades várias de tratamento, nomeadamente a nível remuneratório, como apontam as estatísticas.
Depois desta pequena introdução “Qual o conselho profissional mais valioso que posso dar?”:
Não deixar nunca que a nossa condição de ser mulher nos limite nas nossas ambições profissionais. Essa limitação só é imposta por quem ainda não percebeu, e gostaria de acreditar que já não serão muitos, que as aptidões no desempenho profissional são iguais nos homens e nas mulheres. Estão errados como a vida o demonstra todos os dias.
E sempre que possível, ir mais além do que nos é pedido e supostamente expetável. Não porque somos mulheres, mas porque entendo que o êxito profissional melhor se alcança assim.
Diferente de ser um conselho, é um lembrete, fruto da minha experiência profissional de mais de 25 anos, em contexto público e privado: acreditem e persistam. Não se deixem acantonar, quando o momento é o de exprimirem as vossas ideias. Não se deixem amedrontar, quando o vosso sonho é tão válido quanto outro qualquer. Não desanimem, porque as pedras fazem parte do caminho. E porque o percurso nunca foi nem será fácil, não se esqueçam que “basta uma crise política, económica ou religiosa para que os direitos das mulheres sejam questionados”, como disse Simone de Beauvoir.
empre que tiver dúvidas, avance na mesma. As suas opiniões podem ser muito relevantes, por isso não tenha medo de as partilhar. A confiança ser-lhe-á útil para obter o que deseja profissionalmente.