“Não deixar ninguém para trás” é o grande objetivo da plataforma Famalicão Mais+
No passado dia 10 de janeiro, no âmbito das Jornadas da Coesão Social dedicadas às questões da “Inovação Tecnológica na Coesão Social”, o Município de Famalicão apresentou a plataforma Famalicão Mais+. Esta ferramenta inovadora, desenvolvida tecnologicamente pela Quidgest, disponibiliza e centraliza toda a informação relativa às instituições, respostas sociais, apoios e incentivos existentes em Vila Nova de Famalicão.
Durante a abertura do evento, Mário Passos, Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, sublinhou a importância de uma gestão social mais eficaz e inclusiva, tendo em conta as especificidades do município que lidera, e que se caracteriza por uma crescente dimensão e diversidade demográfica: cerca de 140 mil habitantes, uma grande vaga de emigração e 34 juntas de freguesia. “Não fazia sentido não termos esta capacidade de ajudar todos, ou seja, de não deixar ninguém para trás. Nós temos uma rede social que não atende só os nossos concidadãos mais carenciados, mas que pretende ajudar todos os públicos vulneráveis”, referiu Mário Passos, acrescentando que “o município conta atualmente com um dos maiores orçamentos do nosso país e, com isso, vamos conseguir materializar várias áreas de intervenção, inclusivamente a nossa rede social.”
Destacando a plataforma Famalicão Mais+ como um marco tecnológico há muito ambicionado, o Presidente da Câmara Municipal de Famalicão reforçou: “Temos de aproveitar este forte recurso por forma a que a digitalização e a inovação tecnológica sejam um instrumento ao serviço da rede social, conectando-nos de uma forma digital e apetrechando-nos de mecanismos diversos para que possamos ter mais eficiência naquilo que fazemos, mais sustentabilidade e, com isso, consigamos melhorar a gestão da rede social (…). Porque todos fazemos parte da rede social: comunidades, juntas de freguesia, instituições de solidariedade social, saúde, escolas, empresas, cidadãos, associações, grupos informais, movimentos… todos integram a rede social.”
Temos de aproveitar este forte recurso por forma a que a digitalização e a inovação tecnológica sejam um instrumento ao serviço da rede social, conectando-nos de uma forma digital e apetrechando-nos de mecanismos diversos para que possamos ter mais eficiência naquilo que fazemos.
Mário Passos, Mayor of Vila Nova de Famalicão
Susana Forte, Coordenadora da Estrutura de Missão Famalicão Mais+; Isabel Vieira, Chefe da Divisão de Desenvolvimento Territorial e Associativismo no Município de Famalicão; Augusto Lima, Vereador de Economia e Empreendedorismo; Educação e Ciência; Relações Internacionais; e Desenvolvimento Território no Município de Famalicão; Pedro Nobre, Diretor para o Setor Municipal na Quidgest; Filipa Costa, Health and Science Consultant na Quidgest; e Ademar Carvalho, Chefe de Divisão de Solidariedade Social, Família e Seniores do Município de Famalicão.
Muito mais que uma ferramenta digital
Filipa Costa, Health and Science Consultant na Quidgest, subiu também ao palco para uma visita guiada pelas funcionalidades e os benefícios da plataforma Famalicão Mais+. Durante a demonstração ao vivo, sublinhou: “Esta plataforma é muito mais que uma ferramenta digital, ela representa o compromisso do Município de Famalicão com a solidariedade 360°, através de uma abordagem que une entidades, apoios, cidadãos e profissionais, promovendo eficiência, transparência e proximidade.”
O portal possui georreferenciação integrada e permite navegar e pesquisar respostas sociais de forma rápida, prática e intuitiva. “Uma das grandes vantagens é o processo de submissão digital, que elimina burocracias tradicionais associadas ao envio de documentação física”, referiu Filipa Costa, acrescentando outros benefícios, como o facto de a candidatura a apoios ser tratada com total transparência, “permitindo ao cidadão acompanhar o estado do processo em tempo real” ou ainda a existência de fichas personalizadas para cada cidadão que possibilitam aos técnicos reunir dados de identificação e contacto, diagnósticos sociais e socioeconómicos detalhados e históricos de apoios já atribuídos ou em análise, o que permite “evitar redundâncias ou identificar padrões de necessidade”.
A plataforma também inclui um dashboard dinâmico, onde é possível consultar os cidadãos registados, as freguesias abrangidas e os apoios atribuídos: “Este painel avançado permite aplicar filtros e exportar dados, garantindo uma visão clara e detalhada para melhorar a gestão e o planeamento”, completou a Health and Science Consultant na Quidgest.
As Jornadas da Coesão Social contaram ainda com um painel de especialistas que partilharam perspetivas sobre as tendências e os desafios da inovação tecnológica na área social, com participação de Jorge Batista, da Fundação Primavera, e um debate alargado sobre o papel das tecnologias emergentes na promoção da coesão social. Este momento foi moderado por Manuela Guimarães, Diretora Executiva da FORAVE – Escola de Ensino Profissional de Vila Nova de Famalicão, e teve como oradores Delfina Soares, Diretora da UNU-EGOV; Manuel Lemos, Presidente da União das Misericórdias Portuguesas; Carlos Neves, Diretor Geral da SEVENFORMA e Consultor em Inovação, Transferência de Conhecimento, Sustentabilidade, Economia Circular, Sistemas de Informação, Mobilidade, Desenvolvimento do Território e das Cidades (Smart Cities), também Presidente e Vice-presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional; e Teresa Carvalho, Presidente do Conselho Central das Conferências Vicentinas.
Augusto Lima, Vereador que abarca vários pelouros, incluindo o do Desenvolvimento do Território do Município de Famalicão, sintetizou as intervenções em três conceitos: ambição, inovação e tecnologia e avaliação de impacto. Sublinhando que a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão ambiciona mais e melhor, todos os dias e em cada uma das instituições, comunidades, autarquias e ecossistemas e que é preciso aprender a avaliar para gerar dados concretos que combatam o achismo e deem lugar a decisões objetivas e novos percursos, Augusto Lima concluiu: “O que nos move são as pessoas e é com elas que queremos trabalhar. É verdade que tecnologias como estas causam resistência. Mas eu apelo a todos os técnicos, responsáveis e dirigentes: saibamos também ultrapassar a mudança e aquilo que nos aparece pela frente. Se aparece uma nova tecnologia, saibamos aproveitá-la da melhor forma para dar resposta às nossas pessoas, mas também ao ecossistema. No final, quem vai ganhar somos todos nós.”
A plataforma Famalicão Mais+ está disponível aqui.